segunda-feira, 23 de julho de 2012

CUIDE DO SEU INTESTINO COM EXERCÍCIOS DE PILATES


      É raro encontrar uma pessoa que não tenha problemas 

com o intestino. Umas se queixam de que é preso demais; 

outras, de que seu funcionamento é absolutamente 

imprevisível. A maioria das queixas, porém, vem das 

mulheres. Grande número delas reclama de intestino 

preso, ou obstipação intestinal. Em alguns casos, esse 

problema é físico, mas em outros decorre de fatores 

psicológicos e emocionais.

      Tão forte é a influência do intestino sobre o nosso 

organismo que esse órgão é tido nos meios científicos como 

o“segundo cérebro”. A expressão foi cunhada pelo médico 

americano Michael D. Gershon, do Departamento de 

Anatomia e Biologia Celular da Columbia Univesity Medical 

Center, em Nova York. Depois de 30 anos de pesquisas, 

Gershon conseguiu identificar a interatividade entre os 

neurotransmissores produzidos no intestino, chamado por 

ele de órgão inteligente, e as nossas emoções, cuja sede é 

o sistema límbico, localizado no cérebro. Portanto, atribuir a 

prisão de ventre apenas ao tipo de alimentação é um erro.

      Embora sejam independentes, os sistemas nervoso 

central (localizado no cérebro e na medula espinhal) e 

oentérico (intestinal) “conversam” entre si. Sabe aquele 

incômodo na barriga relacionado a anciedade em 

determinadas situações, acontece por causa da conexão 

direta entre os neurônios circulantes no tubo digestivo 

no cérebro ( o chamado eixo cérebro-intestinal, que 

funciona como uma via de mão dupla). A ansiedade, gerada 

pela expectativa do grande dia, se reflete no intestino, que 

tanto pode travar como desandar. Isso porque esse 

sentimento altera a produção de serotonina e desorganiza 

as ondas peristálticas. Alterações na produção da 

serotonina também estão por trás da síndrome do intestino 

irritável, uma das principais doenças que afetam o intestino.

      Não se deve encarar o mau funcionamento do intestino 

como algo natural. É preciso estar atento e procurar 

atendimento médico se houver sangue ou muco nas fezes, 

distensão e cólicas abdominais e elevação da 

temperatura  

      O intestino é um órgão do trato gastrointestinal 

dividido em duas porções: delgado e grosso. O intestino 

delgadoé a porção primária do intestino e é responsável 

pela digestão e absorção de nutrientes, enquanto o 

intestino grosso é a segunda porção do intestino e é 

responsável pela absorção de água, sais e vitaminas. Este 

órgão pode ser afetado por doenças como fibrose cística, 

doença celíaca, doença de Crohn, colite ulcerativa, 

síndrome de intestino irritável, diverticulose e câncer 

(MAHAN e ESCOTT-STUMP, 2002).


      Sabe-se que o exercício físico auxilia na promoção de 

uma vida saudável e na melhora da capacidade funcional

porém, ainda é pouco o que se sabe sobre seus efeitos nas 

doenças inflamatórias intestinais (D’INCA et al., 2000).

      É sabido que o exercício físico proporciona movimentos 

no intestino grosso e mudanças hormonais, que provocam 

efeitos mecânicos no intestino, facilitando o peristaltismo. 

      Além disso, a atividade física é responsável também 

por melhorar o tônus muscular pélvico e abdominal

facilitando a expulsão do bolo fecal (COTA e MIRANDA, 

2006). Evidências recentes obtidas em estudo laboratorial 

mostraram que a prática habitual de atividade física 

moderada protege o íleo de camundongos contra os efeitos 

do envelhecimento (LIRA et al., 2008).

      Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a 

atividade física regular praticada em quantidade 

apropriadaapresenta uma associação significativa com a 

redução do risco para o desenvolvimento de câncer de cólon 

em até 40% entre os indivíduos mais fisicamente ativos. Em 

contrapartida, tem-se observado que o exercício físico 

exaustivo aumenta a produção sistêmica de radicais livres

com conseqüente aumento dos danos oxidativos ao DNA, 

além de deprimir a função imune global, eventos estes, 

relacionados ao aumento do risco para o desenvolvimento 

de câncer (DEMARZO, 2005).

      Quanto ao sedentarismo e a constipação intestinal 

idiopática, a recomendação de atividade física regular é 

ainda assunto controverso. Dado este, confirmado por meio 

de estudos que avaliaram a relação entre estes fatores 

(WANNMACHER, 2005). Em estudo realizado por DALEY et 

al. (2008), os resultados foram positivos, destacando até a 

possibilidade de que o exercício seja uma intervenção eficaz 

na minimização dos sintomas em pacientes com síndrome 

do intestino irritável, que pode ser o caso dos pacientes com 

constipação predominante.

      A escolha do método Pilates como atividade física

pode contribuir também para o equilíbrio da mente e do 

corpo, além de ajudar no controle da ansiedade. Os 

movimentos do Pilates trabalham e fortalecem 

principalmente a musculatura de sustentação do abdômen, 

lombar, assoalho pélvico e glúteos. Esses músculos são 

responsáveis pela melhora da postura, aliviando dores nas 

costas e consequentemente auxilia a saúde do orgão 

intestinal.

      De forma geral, CHEN e NOBLE (2009) confirmam a 

existência de hipóteses que associam o exercício a 

diversosbenefícios do trato gastrointestinal, porém, 

sugerem que mais estudos experimentais são necessários 

para confirmar tais afirmações.

Confira as dicas para evitar a prisão de ventre:

·        Mexa-se! Não esqueça que os intestinos são músculos. 

Se você passar o dia sentada, seu sistema digestivo fica 

lento. Estudos indicam que as pessoas sedentárias são 3 

vezes mais passíveis de sofrer de prisão de ventre. A prática 

de exercícios físicos aumenta o fluxo sanguíneo no abdome e 

estimula os movimentos intestinais.

·         Descanse bem!

·         Pare tudo e vá ao banheiro! Ao sentir necessidade, 

quanto mais tempo você demorar a ir ao banheiro, mais água 

é absorvida, e mais duras ficam as fezes.

·         Beba muito líquido! Tome líquidos em todas as 

refeições. Inclua no seu dia-a-dia alimentos líquidos, como 

sopas e molhos, além de água, leite desnatado e sucos.

·         Consuma alimentos ricos em fibras todas as 

refeições! Mas se você não tem o hábito de comer fibras, 

comece com pequenas doses, para não causar um 

desarranjo intestinal.

·         Certifique-se de que sua alimentação não esteja pobre 

demais em gorduras! As gorduras podem funcionar como 

lubrificantes. Portanto, um pouco de azeite e nozes, por 

exemplo, podem ajudar nesse processo.


Sempre antes de começar a fazer qualquer tipo de dieta ou 
reeducação alimentar procure um profissional qualificado.
Fonte: Drauzio Varella, physio-terapia.blogspot, rgnutri, quilibriofisioterapiaepilates.blogspot

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